Celebro
o natal. Desde menino. Era criança ainda e fazia um presépio com uma caixa de
sapatos e animais de plástico. Na noite de natal apagava a luz da sala e
acendia uma vela próxima ao presépio, numa tentativa de imitar a cena onde Deus
se tornou carne. Via aquela cena de uma forma nobre, ingênua, mística, no
sentido mais puro da palavra. Naquela época não conhecia ceia natalina e nem
panetone. Havia sim um grande bolo com refrigerante. E na manhã seguinte um
brinquedo; simples, mas marcante. Foi assim durante alguns natais. Guardei isso
na minha memória afetiva. Depois tudo foi melhorando. A economia do país evoluiu
com o Plano Real e os natais foram ficando mais fartos. Mas o espírito do natal
não é a fartura e nem é essa a sua mensagem. O verdadeiro significado do Natal está
no Deus que quis vir ao mundo em forma de criatura. Na manjedoura estava o
Cristo, lavando os pés de toda a humanidade.
Assim,
celebro o natal. E continuo celebrando. Não tenho mais constrangimento em falar
isso. Digo, pois cresci e vi quanta confusão é feita por uma simples
celebração. Uns mataram o natal com o consumismo. Para estes, é apenas uma
ocasião pra comida, bebida e comércio. Outros mataram o natal no coração.
“Festa pagã” – é o que dizem. Falam da data, do deus Sol, do significado da
árvore, enfim. Minha posição sempre foi a mesma, ainda que respeitando aqueles
que não comemoram esse tempo. Entretanto, diante das críticas de alguns, resolvi
nesse ano ir além e transcrever alguns textos que estão de acordo com o que
penso sobre o natal.
A CELEBRAÇÃO DO NATAL
De
acordo com os princípios contidos em 1 Coríntios 6.12; 10.23,31, tudo nos é
lícito, porém temos de ter maturidade para não nos contaminarmos com o mundo. É
claro que papai Noel e árvore de Natal estão atrelados, em sua origem, ao
paganismo. Mas nenhum crente em
Jesus Cristo põe uma árvore de Natal em sua casa em louvor a
ídolos. Presume-se que um cristão tenha o mínimo de maturidade para entender
que a árvore se trata apenas de um símbolo natalino, empregado em todo mundo
dito cristão.
Não podemos confundir a origem pagã com o uso hodierno. Caso contrário, teremos de proibir o vestido de noiva, o bolo de aniversário, etc. É claro que não ignoramos o fato de haver muito de paganismo na festa de Natal; também estamos cientes de que as pessoas do mundo estão cada vez mais distantes da centralidade do Natal: Jesus Cristo, o Salvador do mundo. Por outro lado, discriminar um irmão que tem uma árvore de Natal em casa ou proibir uma criança de admirar o chamado bom velhinho, num shopping center, são atitudes extremadas.
Quais são as únicas pessoas que, de fato, acreditam
E
eu pergunto, o que é pior: montar uma árvore de Natal em casa ou ter um
conceito errado acerca de Deus, pensando que Ele é um papai Noel?
O
site do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP), entidade evangélica que
atua na “defesa” da fé protestante, declara sobre o tema:
Devem
os cristãos celebrar o Natal? Um bom número de seitas e novas igrejas que
professam seguir a Cristo insistem que o Natal é uma festa pagã o qual todos os
verdadeiros cristãos devem se afastar.
Provavelmente
a mais notável destas religiões são as Testemunhas de Jeová, que publicam
ferroados ataques sobre a celebração do Natal ano após ano. No entanto, estes
grupos não estão sós na sua condenação destes feriados religiosos mais
populares.
Muitos
cristãos evangélicos também acreditam que o Natal é uma celebração pagã,
vestindo “roupas cristãs”. Enquanto muitos cristãos marcam o Natal como um dia
especial para adorar a Cristo e dar graças pela Sua entrada no mundo, eles
rejeitam qualquer coisa que tenha a ver com Papai Noel, árvores de Natal, troca
de presentes e tal.
Existem
bases bíblicas para rejeitar tudo ou parte do Natal? Qual deve ser a atitude
dos cristãos neste assunto? Essa pergunta está diante de nós...
Celebrando o aniversário de Jesus
O argumento básico e comum apresentado contra o Natal é de que não se encontra na Bíblia... Primeiro de tudo, o fato é que a Bíblia nada diz contra a prática de celebração de aniversários. O que foi mau nos casos de Faraó e Herodes, não era o fato de celebrarem seus aniversários, mas, sim as práticas más nos seus aniversários (Faraó matou o chefe dos padeiros, e Herodes matou João Batista)... não há razões bíblicas para rejeitar completamente a ideia de celebrar o aniversário de Jesus.
25 de Dezembro
Outra objeção comum ao Natal está relacionada com a guarda de 25 de dezembro como sendo o aniversário de Cristo. Freqüentemente instam que Cristo não podia ter nascido no dia 25 de dezembro (geralmente porque os pastores não teriam seus rebanhos nos campos de noite naquele mês), portanto, no dia 25 de dezembro, não podia ter sido seu aniversário. Como se isso não bastasse é também apontado de que 25 de dezembro era a data de um festival no Império Romano no quarto século, quando o Natal era largamente celebrado nesse dia.
É
verdade que parece não haver evidência como sendo o aniversário de Cristo nessa
data.
Por
outro lado, tem sido demonstrado que tal data não é impossível, como é suposto
normalmente. Contudo, pode ser admitido de que é altamente improvável que
Cristo realmente tenha nascido em dezembro 25.
Este
fato invalida o Natal? Realmente, não. Não é essencial para a celebração de
aniversário de alguém, que seja comemorado na mesma data do seu nascimento. Os
americanos comemoram os aniversários de Washington e Lincoln na terceira segunda-feira
de Fevereiro todos os anos, ainda que o aniversário de Lincoln fosse no dia 14
de Fevereiro e o de Washington, 22 de Fevereiro. Se tivesse certeza de que
Cristo realmente nasceu digamos, em 30 de abril, deveríamos então celebrar o
Natal naquele dia? Enquanto que não haveria nada de errado com tal mudança, não
seria necessário. O propósito é o que importa, não a atual data.
Mas,
e com respeito ao fato de ser 25 de dezembro a data de um festival pagão? Isto
não prova que o Natal é pagão? Não, não o prova. Em vez, prova que o Natal foi
estabelecido como um rival da celebração do festival pagão. Isto é, o que os
cristãos fizeram era como dizer, “Antes do que celebrar em imoralidade o
nascimento de Ucithra, um falso deus que nunca nasceu realmente, e que não pode
lhe salvar, celebremos com alegre justiça o nascimento de Jesus, o verdadeiro
Deus encarnado que é o Salvador do mundo.”
Algumas
vezes, se insta a que se tome um festival pagão tentando “cristianizá-lo” é
insensatez. No entanto, Deus mesmo fez exatamente isso no Antigo Testamento. A
evidência histórica nos mostra conclusivamente, que algumas festas dadas a
Israel por Deus através de Moisés eram originalmente pagãs, os festivais
agriculturais, os quais eram cheios de práticas e imagens idólatras.
O
que Deus fez, com efeito, foi estabelecer festividades as quais tomariam o
lugar dos festivais pagãos, sem adotar nada da idolatria e imoralidade
associado com ela.
Santa Claus (Papai Noel)
Provavelmente a coisa que mais incomoda aos cristãos sobre o Natal é a tradição do Papai Noel. As objeções para esta tradição inclui o seguinte: [1] Papai Noel é uma figura mística incluído com atributos divinos, incluindo onisciência e onipotência; [2] quando as crianças aprendem que Papai Noel não é real, eles perdem a fé nas palavras dos seus pais e em seres sobrenaturais; [3] Papai Noel distrai a atenção de Cristo; [4] a história de Papai Noel ensina as crianças a serem materialistas. Em face a tais objeções convincentes, pode-se dizer algo de bom do Papai Noel.
Antes
de examinar cada uma destas objeções, deve se notar que, o Natal pode ser
celebrado sem o Papai Noel. Retire Papai Noel do Natal e o Natal permanece
intacto. Retire Cristo do Natal, no entanto, e tudo que sobre é uma festa pagã.
Sejam quais forem nossas diferenças individuais de como tratar o assunto de
Papai Noel com as nossas crianças, como cristãos nós podemos concordar com:
1.)
Não existe dúvida alguma de que, Papai Noel, na sua presente forma, é um mito,
ou conto de fada. No entanto, houve realmente um Papai Noel; o nome “Santa
Claus” é uma forma anglosaxona do holandês, Sinter Klaas, que por sua vez
significava “São Nicolau”.
Nicolau
foi um bispo cristão, no quarto centenário, sobre quem pouco sabemos por certo.
Ele aparentemente assistia ao Concílio de Nicéia em 325 D.C., e uma forte
tradição sugere que ele demonstrava uma singular bondade para com as crianças. Enquanto
que o velho vestido de vermelho puxando um trenó conduzido por uma rena voadora
é um mito, a história de um velho amante de crianças que lhes trouxe presentes,
provavelmente não é – e em muitos países, é só isso que “Santa Claus” é.
Deve-se
admitir que contar às crianças que Papai Noel pode vê-los em todo tempo, e de
que ele sabe se eles foram bons ou maus, etc… está errado. Também é verdade que
os pais não deviam contar a seus filhos a história de Papai Noel como se fosse
uma verdade literal. Contudo, as crianças com menos de sete ou oito anos, podem
brincar de “fazer de conta” e tirar disso divertimento. De fato, a essa idade
elas estão aprendendo a diferença entre o faz de conta e a realidade. Crianças
mais jovens ficarão fascinadas pelos presentes que são descobertos na manhã de
Natal, debaixo de uma árvore a qual lhes foi dito que são do “Papai Noel”,
porém, eles não tirarão conclusões sobre a realidade de Papai Noel por meio
destas descobertas.
2.)
Quando as crianças aprenderem que Papai Noel não é real, poderá perturbá-los um
pouco, somente se os pais lhes disseram que ele realmente existe e que ele faz
tudo que se pretendia dele. É por isso que se deve dizer às crianças que Papai
Noel é faz de conta, tão logo elas tenham idade suficiente para fazer perguntas
a respeito da realidade.
Antes
de ser uma pedra de tropeço para acreditar no sobrenatural, ele pode ser um
trampolim. Diga às crianças que enquanto Papai Noel é uma faz de conta, Deus e
Jesus não são. Diga-lhes que, enquanto Papai Noel só pode trazer coisas que os
pais podem comprar ou fazer, Jesus pode lhes dar coisas que ninguém pode – um
amigo que sempre está com eles, perdão para as coisas más que eles fazem, vida
num lugar maravilhoso com Deus para sempre, etc.
3.)
Siga as sugestões acima e não mais será Papai Noel um motivo para distraí-los
de Cristo. Diga a seus filhos porque Papai Noel dá presentes, e porque Deus nos
deu o presente mais maravilhoso, Cristo.
4.)
Pelo contrário, a história de Papai Noel é melhor contada quando é usada para
encorajar as crianças a ser abnegadas e generosas.
Árvores de Natal
Um dos poucos elementos sobre a celebração tradicional do Natal, dos que se opõem a isso, afirmam o que diz na Escritura sobre árvores de Natal. Especificamente pensa-se que em Jeremias 10:2-4 Deus explicitamente condenava árvores de Natal: “Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho das nações, nem vos espanteis com os sinais dos céus, embora com eles se atemorizem as nações. Porque os costumes dos povos são vaidade; cortam do bosque um madeiro, e um artífice o lavra com o cinzel.”
Certamente
há uma semelhança entre a coisa descrita em Jeremias 10, e a árvore de Natal.
Semelhança, no entanto, não é igual à identidade. O que Jeremias descreveu era
um ídolo – uma representação de um falso deus – como o verso seguinte
mostra: “Como o espantalho num pepinal, não podem falar; necessitam de que
os levem, pois não podem andar. Não tenhais receio deles; não podem fazer o
mal, nem podem fazer o bem.” (v.5)
A
passagem paralela em Isaías 40:18-20 esclarece que o tipo de coisa que Jeremias
10 tem em mente, é na verdade um objeto de adoração: “Também consumirá a glória da
sua floresta, e do seu campo fértil desde a alma até o corpo; será como quando desmaia
o doente. O resto das árvores da sua floresta será tão pouco que um menino as
poderá contar. Naquele dia os restantes de Israel, e os que tiverem escapado da
casa de Jacó, nunca mais se estribarão sobre aquele que os feriu, mas se
estribarão lealmente sobre o Senhor, o Santo de Israel.” (Is 10:18-20)
Assim,
a semelhança é meramente superficial. A árvore de Natal não se origina de
adoração pagã de árvores (o qual foi praticada), porém, de dois símbolos
explicitamente cristãos, do Ocidente da Alemanha Medieval. A Enciclopédia
Britânica explica o seguinte: a moderna árvore de Natal, em hora, se originou na Alemanha
Ocidental. O principal esteio de uma peça medieval sobre Adão e Eva, era uma
árvore de pinheiro pendurada com maças (Árvore do Paraíso) representando o
jardim do Éden. Os alemães montaram uma “árvore do Paraíso” nos seus lares no
dia 24 de dezembro, a festa religiosa de Adão e Eva. Eles penduravam bolinhos
delgados (simbolizando a hóstia, o sinal cristão de redenção); as hóstias
eventualmente se transformaram em biscoitos de vários formatos. Velas, também,
eram com freqüência, acrescentadas como símbolo de Cristo. No mesmo quarto,
durante as festividades de Natal, estava a pirâmide Natalina, uma construção
piramidal feito de madeira com prateleiras para colocar figuras de Natal,
decorados com sempre-verdes, velas e uma estrela. Lá pelo 16º século a pirâmide
de Natal e a árvore do Paraíso tinham desaparecido, se transformando em árvore
de Natal.
Mais
uma vez, não há nada essencial sobre a árvore de Natal para celebrar o Natal.
Como o mito moderno de Papai Noel, é uma tradição relativamente recente; as
pessoas celebravam o Natal durante séculos sem a árvore e sem o semi-divino
residente do Polo Norte.
O que é essencial ao Natal é Cristo.
No entanto, isso não quer dizer que devemos jogar Papai Noel e a árvore fora de
vez. Neste assunto temos liberdade cristã para adotar estas tradições e usá-los
para ensinar os nossos filhos sobre Cristo, ou para celebrar o nascimento de
Cristo, sem elas.
Nesse
caso, não há nenhuma obrigação para celebrar seu aniversário também, desde que
não é ordenado para nós na Escritura.
Todavia,
seria estranho de fato, se alguém que foi salvo pelo filho de Deus, não se
regozijar-se em pensar no dia que Sua encarnação manifestou-se pela primeira
vez ao mundo naquela noite santa.
O
site Púlpito Cristão, através do texto de Renato Vargens, defende a celebração
da festa natalina:
Como muitas vezes acontece, a Igreja Evangélica
Brasileira polemiza sobre assuntos dos mais diversos. Na verdade, têm sido
assim no decorrer recente de sua história. Ultimamente, têm-se falado
demasiadamente sobre o natal, sua história e implicações. Como era de se
esperar, opiniões diferentes surgiram quanto ao assunto. Existem aqueles que
não vêem nenhum problema quanto à celebração da data, e outros que
radicalizaram abdicando de toda e qualquer celebração relacionada ao tema em
questão.
Antes de qualquer coisa, por favor,
façamos algumas considerações:
O Natal não era considerado entre as
primeiras festas da Igreja. Os primeiros indícios da festa provêm do Egito. Os
costumes pagãos ocorridos durante as calendas de Janeiro lentamente
modificaram-se na festa do Natal. Foi no século V que a Igreja Católica
determinou que o nascimento de Jesus Cristo fosse celebrado no dia da antiga
festividade romana em honra ao nascimento do Sol, isto porque não se conhecia
ao certo o dia do nascimento de Cristo. Não se pode determinar com precisão até
que ponto a data da festividade dependia da brumária pagã (25 de dezembro), que
seguia a Saturnália (17-24 de dezembro) celebrando o dia mais curto do ano e o
“Novo Sol”. As festividades pagãs, Saturnália e Brumária estavam profundamente
arraigadas nos costumes populares para serem abandonadas pela influência
cristã. A festividade pagã acompanhada de bebedices e orgias, agradavam tanto
que os cristãos viram com benevolência uma desculpa para continuar a celebrá-la
em grandes alterações no espírito e na forma.
Ontem e Hoje:
A conclusão que chegamos é que o natal
surgiu com a finalidade de substituir as práticas idólatras e pagãs que
influenciava a sociedade da época. Se não bastasse isso, todos sabem que
milhões de pais em todo o mundo (Muitos destes cristãos) levam seus filhos
pequenos a acreditarem em
Papai Noel , dizendo-lhes que foi o bochechudo velhinho que
lhes trouxe um presente. Ora, a figura do papai Noel tem origem nos países
nórdicos, referindo-se a um senhor idoso, denominado Klaus, que saía
distribuindo presentes a todos quanto podia. Infelizmente, numa sociedade materialista
e consumista, o tal Papai Noel é mais desejado do que Jesus de Nazaré, afinal
de contas, ele é o bom velhinho que satisfaz os luxos e desejos de todos quantos
lhes escrevem missivas recheadas de vaidades e cobiças. Se não bastasse,
junta-se a isso a centralidade em muitos lares cristãos de uma árvore recheada
de bolinhas coloridas.
O espírito consumista e mercantilista
do natal, bem como a ênfase na árvore e no papai Noel, se contrapõe a mensagem
do evangelho que anuncia que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho
pra morrer por nós. Aliás, esta é a grande nova! Deus enviou seu filho em forma
de Gente! Sem sombra de dúvidas, sou absolutamente contra, duendes, Papai Noel
e outras coisas mais que incentivam este “espírito mercantilista natalino”. No
entanto, acredito que antes de qualquer posição, decisão ou dogmatização,
quanto ao que fazer “do e no natal” devemos responder
sinceramente pelo menos três indagações:
1. Será que existe alguma festividade
ou festa no mundo que tenha o poder de convergir tanta gente em torno da
família, do lar como o natal?
2. Em virtude do grande poder e
influência que o natal exerce na sociedade ocidental será que não deveríamos
aproveitar a oportunidade e anunciar a todos quanto pudermos que um “menino nos
nasceu e um filho se nos deu”?
3. Seria inteligente de nossa parte
desconsiderarmos o natal extinguindo-o definitivamente do “nosso” calendário em
virtude do“espírito mercantilista natalino” que impera na nossa sociedade?
Outras considerações:
Apesar de não observarmos textos
bíblicos que incentivem a celebração do natal, é absolutamente perceptível em
diversas passagens a importância e relevância do nascimento e encarnação do
Filho de Deus. As escrituras, narram com efusão o nascimento do Messias. Se não
bastasse isso, sem a sua vinda, não nos seria possível experimentarmos da
salvação eterna e da vida vindoura. Portanto, comemorar o natal, (ainda que
saibamos que o Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro) significa em outras
palavras relembrar a toda a humanidade que Deus amou o mundo de tal maneira que
deu o seu filho unigênito, pra que todo aquele que nele cresse não perecesse
mais tivesse vida eterna.
Isto nos leva a seguinte conclusão:
1. O natal nos oferece uma excelente
oportunidade de evangelização. Em todos os registros históricos percebemos de
forma impressionante o quanto os irmãos primitivos eram apaixonados,
entusiastas e extremamente corajosos na proclamação do evangelho. Estes homens
e mulheres de Deus eram movidos por um desejo incontrolável de pregar as Boas
Novas. Eram pessoas provenientes de classes, níveis e posições sociais das mais
diversas: artesãos, sacerdotes, empresários, escravos, gente sofisticada bem
como pessoas simples e iletradas. Entretanto, ainda que diferentes, todos
tinham em comum o sentimento de “urgência” em anunciar a Cristo. Vale a pena
ressaltar que Jesus comumente usou as festas judaicas como meio de
evangelização. Os quatro evangelhos nos mostram o Senhor pregando e ensinando
coisas concernentes ao reino de Deus a um número considerável de pessoas em
situações onde a nação celebrava alguma festividade. Na verdade, ele
aproveitava os festejos públicos pra anunciar as boas novas da salvação eterna.
Ora, tanto nosso Senhor quanto à igreja do primeiro século tinham como missão prioritária
à evangelização. Portanto, acredito que o natal seja uma excelente ocasião pra
anunciar a cristo aos nossos familiares e amigos. Isto afirmo, porque
geralmente é no natal onde a maioria das famílias se reúnem. O natal nos
propicia uma grande oportunidade de proclamarmos com intrepidez a cristo.
Junta-se a isso, que o período de fim de ano é um momento de reflexão e
avaliação pra muitos. E como é de se esperar, em um mundo onde a sociedade é
cada vez mais competitiva e egoísta, a grande maioria, sofre com as dores e
marcas deste mundo caído e mau. É comum nesta época o cidadão chegar à
conclusão de que o ano não foi tão bom assim. A conseqüência disto é a
impressão na psique do individuo de sentimentos tais como frustração,
depressão, angústia e ansiedade. E é claro que tais sentimentos contribuem
consideravelmente a uma abertura maior a mensagem do evangelho.
Abertura pro Sagrado
Outro fator preponderante que
corrobora para a evangelização é a significativa abertura ao sagrado e ao
sobrenatural que a geração do século XXI experimenta. No inicio do século XX,
acreditava-se que quanto mais o mundo absorvesse ciência menor seria o papel da
religião. De lá pra cá a tecnologia moderna se tornou parte essencial do
cotidiano da maioria dos habitantes do planeta e permitiu que até os mais
pobres tivessem um grau de informação inimaginável 100 anos atrás. Apesar de
todas essas mudanças, no inicio do século XXI o mundo continua inesperadamente
místico. O fenômeno é global e no Brasil atinge patamares impressionantes.
A Revista Veja encomendou uma pesquisa
ao Instituto Vox Populi, perguntando as pessoas se elas acreditavam em Deus. A maioria absoluta,
ou seja, 99% dos brasileiros, responderam que acreditavam. Sem dúvida, o
momento é impar na história, até porque, com exceção de alguns períodos da
história mundial o mundo nunca esteve tão aberto ao sagrado como agora. Diante
disto, será que o natal não representa uma excelente oportunidade de
evangelização?
2. O natal nos oferece uma excelente
oportunidade de reconciliação e perdão. Você já se deu conta que a ambiência do
natal proporciona uma abertura maior à reconciliação e perdão? Repare quantas
famílias se recompõem, quantos lares são reconstruídos, quantos pais se
convertem aos filhos e quantos filhos se convertem aos pais. Será que a
celebração do natal não abre espaço nos corações pra reconciliação e perdão?
Ora, O senhor Jesus é aquele que tem o poder de construir pontes de
misericórdia bem como de destruir as cercas da indiferença e inimizade.
3. O natal nos oferece uma excelente
oportunidade de sermos solidários em uma terra de solitários. Por acaso você já
percebeu que no natal as pessoas estão mais abertas a desenvolver laços de
fraternidade e compaixão com o seu próximo? Tenho para mim que o natal pode nos
auxiliar a lembrarmos que a vida deve ser menos solitária e mais solidária.
Isto afirmo porque o natal nos aponta o desprendimento de Deus em dar o seu
filho por amor a cada de um nós. O Nosso Deus se doou, se sacrificou e amou
pensando exclusivamente no nosso bem estar e salvação eterna. Você já se deu
conta que o natal é uma excelente oportunidade pra nos aproximarmos daqueles
que ninguém se aproxima além de exercermos solidariedade com aqueles que
precisam de amor e compaixão?
Conclusão
Sem qualquer sombra de dúvida devemos
repulsar tudo aquilo que seja reflexo deste “espírito mercantilista natalino”.
Duendes, Papai Noel, devem estar bem longe da nossa prática cristã. Entretanto,
acredito que como portadores da Verdade Eterna, devemos aproveitar toda e
qualquer oportunidade pra semear na terra árida dos corações a semente da
esperança. Jesus é esta semente! Ele é a vida eterna! O Filho de Deus, que
nasceu, morreu e ressuscitou por cada um de nós. A missão de pregar o Evangelho
nos foi dada, e com certeza, cada um de nós deve fazer do natal uma estratégia
de proclamação e evangelização.
Celebremos irmãos e anunciemos que o
Salvador nasceu e vive pelos séculos dos séculos amém.
Soli Deo Gloria
Renato Vargens
O famoso site Got Questions.Org, em sua versão
em português, indaga:
Devem os cristãos
celebrar o Natal?
O debate sobre se os cristãos devem ou não celebrar o Natal tem sido discutido por séculos. Há cristãos igualmente sinceros e comprometidos em ambos os lados da questão, cada um com várias razões por que o Natal deve (ou não) ser comemorado em lares cristãos. Entretanto, o que diz a Bíblia? A Bíblia dá uma direção clara quanto a se o Natal é um feriado para ser comemorado pelos cristãos?
Primeiro, vamos dar uma olhada em algumas razões por que alguns cristãos não celebram o Natal. Um argumento contra o Natal é que as tradições que cercam o feriado têm origem no paganismo. A busca por informações confiáveis sobre este tema é difícil porque as origens de muitas das nossas tradições são tão obscuras que as fontes muitas vezes se contradizem. Sinos, velas e decorações natalinas são mencionados na história do culto pagão, mas o seu uso no próprio lar certamente não indica um retorno ao paganismo. Embora algumas tradições definitivamente possuam raízes pagãs, existem muitas mais tradições associadas com o verdadeiro significado do Natal - o nascimento do Salvador do mundo
Outro argumento contra o Natal, especialmente em ter uma árvore de Natal, é que a Bíblia proíbe trazer árvores a nossas casas e decorá-las. A passagem frequentemente citada é Jeremias 10:1-16, mas ela se refere a cortar árvores, esculpir a madeira para fazer um ídolo e em seguida decorar o ídolo com prata e ouro com a finalidade de curvar-se perante ele para adorá-lo (ver também Isaías 44:9-18). A passagem em Jeremias não pode ser retirada de seu contexto e usada para fazer um argumento legítimo contra as árvores de Natal.
Os cristãos que optam por ignorar o Natal apontam ao fato de que a Bíblia não nos dá a data do nascimento de Cristo, o que é certamente verdade. 25 de dezembro talvez não seja nem perto do tempo
Alguns cristãos dizem que já que o mundo comemora o Natal - embora esteja ficando cada vez mais politicamente correto referir-se a ele como "boas festas" - os cristãos devem evitá-lo. Entretanto, esse é o mesmo argumento feito por falsas religiões que negam a Cristo completamente, bem como pelas seitas (como as Testemunhas de Jeová) que negam a Sua divindade. Os cristãos que celebram o Natal muitas vezes vêem a ocasião como uma oportunidade para proclamar Cristo como "a razão para a temporada" entre as nações e àqueles presos a falsas religiões.
Como vimos, não há nenhuma razão bíblica legítima para não celebrar o Natal. Ao mesmo tempo, também não há mandamento bíblico para celebrá-lo. No final, é claro, celebrar ou não o Natal é uma decisão pessoal. Qualquer que seja a resolução dos cristãos a respeito, os seus pontos de vista não devem ser usados como um bastão para bater ou denegrir pessoas com opiniões contrárias, nem se deve enxergar certa opinião como um símbolo de honra que encoraje o orgulho por celebrar ou não. Como em todas as coisas, buscamos a sabedoria dAquele que a dá liberalmente a todos os que pedem (Tiago 1:5) e aceitamos uns aos outros em graça e amor cristão, independentemente das nossas opiniões sobre o Natal.
Para concluir, o pastor Caio Fabio, respondendo a carta de
uma leitora, declara:
Feliz
Natal e Feliz Ano Novo!
Minha
querida amiga, se você for entrar nessa paranóia, terá que sair do mundo. Paulo
disse que a gente deve ir ao mercado, comer de tudo, dar graça a Deus, e
celebrar a vida em paz. Se
você for se preocupar com a origem de coisas, nomes, festas, datas, etc., você
terá que sair do mundo. Não trate isso como coisa do diabo, pois, assim, virará
coisa do diabo na sua cabeça... Não ajuda em nada. Ninguém que
comemora o Natal está pensando no diabo. As
únicas pessoas no Evangelho a quem Jesus chamou diretamente de “filhos do
diabo” não estavam vestidas de “Dia de Papai Noel”, mas de FARISEUS (João 8). Paulo
nos ensina a não ter tais conflitos, e a termos paz com uma certeza: Todas as
coisas são puras para os puros; porém para os de mente impura, tudo fica
impuro. Sobre
o fato das coisas poderem ter origem “pagã”, o espírito do que Paulo declara é
o seguinte acerca de algo muito mais sério — que é a comida sacrificada aos
ídolos, ou até mesmo comida de um despacho na esquina:
No que diz respeito às coisas sacrificadas aos ídolos, já sabemos, todos, o seu significado. Saber... apenas saber... incha o ser e nada mais. Somente o amor edifica. Desse modo, se alguém tem a pretensão de achar que sabe alguma coisa, de fato ainda não aprendeu como convém saber. O verdadeiro conhecimento vem do amor, pois se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Deus. Digo isto tudo porque eu sei que todos vocês sabem que comer coisas sacrificadas aos ídolos nada significa. Afinal, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só. Ainda que haja muitos que se chamem de deuses e senhores, ou que assim sejam chamados — seja no céu seja na terra—, todavia, para nós, há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também. Mas isto é o que nós sabemos. Entretanto, nem todos têm esse conhecimento. Isto digo porque há alguns que, acostumados até agora com a devoção ou temor do ídolo — como se o ídolo de fato tivesse poder —, comem coisas sacrificadas aos ídolos como se o ato de comer expressasse algo espiritualmente significativo. Desse modo, quando comem, sua consciência sendo ainda fraca e ignorante, contaminam-se em razão do próprio significado que atribuem àquilo que, em si mesmo, não é nada. As coisas ganham o significado que nossa consciência atribui a elas! Todavia, não é a comida que nos há de recomendar a Deus; pois não ficamos piores se não comermos, nem ficamos melhores se comermos. Portanto, não estamos falando do que é em si, mas daquilo que as coisas se tornam, em razão da projeção de valor a elas atribuído. Desse modo, vejam atentamente que a liberdade de vocês — fruto do saber verdadeiro —, não venha a ser motivo de tropeço para os fracos, ou seja: para aqueles que ainda olham para a comida sacrificada ao ídolo ou para o próprio ídolo, como se a "coisa" tivesse em si algum valor ou poder. Assim, se um desses supersticiosos virem você, que tem “ciência”, reclinado tranqüilamente comendo à volta de uma mesa num templo de um ídolo, poderá pensar que você está ali atribuindo culto e valor àquilo que para você não tem nenhum valor. E assim, poderá ser induzido pela sua liberdade, a comer com a consciência fraca e supersticiosa as coisas sacrificadas aos ídolos... como se a sua presença ali avalizasse também o ato dele. Não é, porventura, assim, que “eles” interpretariam sua presença no lugar? Desse modo, ironicamente, pelo saber e pela liberdade que você já adquiriu, alguém que ainda está na ignorância pode vir a sucumbir à superstição. Assim, por causa da “ciência” que você possui, alguém poderá perecer... aquele que é fraco, o teu irmão por quem Cristo morreu! Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo-lhes a consciência ainda débil e fraca, vocês estão pecando contra Cristo.
Dessa
forma, o que se deve saber é o seguinte:
O
ídolo não é nada para você, em razão de você já saber que ele não é nada mesmo. Sozinho - ou em companhia de pessoas
maduras - você comer onde e o quê bem desejar! No entanto, se a comida fizer tropeçar
a meu irmão, nunca mais comerei em sua presença nada que o faça tropeçar, isto
porque não quero servir de tropeço à consciência fraca de meus irmãos... que
ainda não discerniram a grandeza da liberdade que em Cristo eu tenho.
De
minha parte, não quero jamais induzir meu irmão ao engano simplesmente por não
carregar em mim uma consciência que antes de tudo saiba saber no amor. Jesus
disse que o mal não vem de fora, vem de dentro. Fico “raivoso” é com quem veio
inventar mais esse grilo para a sua cabeça. Tais pessoas gostam que a vida seja
um perigo, e vêem o diabo em
tudo. A mente delas está cheia de medos, e tentam fazer
discípulos de seu próprio medo, e superstições. Não entre nessa. Se entrar, sua
cabeça ficará uma confusão cada vez maior. Fuja dos inventores de demônios e de
bruxas! Eles vivem de proibir as coisas, e quem os segue acabará preso no medo,
e não terá mais prazer em nada na vida. Celebre seu Natal em Cristo! A árvore é
uma gracinha, e o Papai Noel é um folclore infantil. Desejar fazer dele um
demônio é GOSTAR DE SOFRER À TOA! A vida já é difícil demais. Não a complique.
Não
se preocupe com a Árvore de Natal. Quem tem a Árvore da Vida na alma não se
preocupa mais com qualquer outra árvore, nem com a plantinha
“comigo-ninguém-pode”. Assumo responsabilidade espiritual pelo que estou
dizendo a você! Foi para liberdade que Cristo nos libertou. Santifique todos os
dias com gratidão, e todos os dias serão santos. Feliz Natal para você e todos
os seus.
FONTES:
http://www.pulpitocristao.com/2010/12/deve-o-crente-celebrar-o-natal/
http://www.gotquestions.org/Portugues/cristao-Natal.html
Que Deus nos abençoe!
Feliz Natal!
Cesário C. N. Pinto
Dezembro de 2013.
Um comentário:
Deus não condena a árvore de natal a biblia não fala a respeito disso.
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