Com
o início de um novo ano sempre temos uma nova oportunidade para refletirmos
sobre nossa caminhada terrena. Não que Deus esteja atento a tempos e eras; Ele
é o Eterno, não está preso ao passado-presente-futuro. Nós é que, por
conveniência ou não, estamos submetidos às cronologias. Mas obviamente, um
momento de passagem de ano é oportuno para repensarmos nossas vidas. Aliás, em
Deus o que existem são passagens; NEle não há a morte, fim ou ponto final. Há
recomeço.
Há
várias menções no texto bíblico sobre passagens, de Gênesis ao Apocalipse, enfatizando-se
o espírito da transformação e renovação humana, o novo homem com Deus. A Páscoa
judaica, do hebraico pessach,
passagem, relembrando a saída israelita do Egito para a Terra Prometida é o
grande marco, no Antigo Testamento, desse espírito de renovação. O livro de
Ester, que conta a origem da festa do Purim (sortes, no hebraico), também
remonta à obra divina de livramento ao povo israelita, que passou de uma má-sorte para uma tão grande salvação. E
como falar em passagem, transição, sem citar o texto de Isaías quando afirma
que o povo que andava nas trevas viu uma grande
luz, referindo-se à vinda do messias; e esse mesmo messias, Jesus, vindo ao
mundo em oferta de salvação aos que creem, é o autor da passagem do velho homem
para o novo, justificado, segundo o apóstolo Paulo.
Uma “passagem de ano” em si mesma não tem grande significado,
senão apenas para o registro numérico da história humana. Contudo, para a
história pessoal de um homem, é válido o momento, ante o qual surge mais uma
oportunidade para se rever propósitos e conceitos, seu lugar no mundo e na Vida.
Cesário Pinto
Itapajé – CE, 01 de Janeiro de 2018.
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