segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

PASSAGENS


Com o início de um novo ano sempre temos uma nova oportunidade para refletirmos sobre nossa caminhada terrena. Não que Deus esteja atento a tempos e eras; Ele é o Eterno, não está preso ao passado-presente-futuro. Nós é que, por conveniência ou não, estamos submetidos às cronologias. Mas obviamente, um momento de passagem de ano é oportuno para repensarmos nossas vidas. Aliás, em Deus o que existem são passagens; NEle não há a morte, fim ou ponto final. Há recomeço.

Há várias menções no texto bíblico sobre passagens, de Gênesis ao Apocalipse, enfatizando-se o espírito da transformação e renovação humana, o novo homem com Deus. A Páscoa judaica, do hebraico pessach, passagem, relembrando a saída israelita do Egito para a Terra Prometida é o grande marco, no Antigo Testamento, desse espírito de renovação. O livro de Ester, que conta a origem da festa do Purim (sortes, no hebraico), também remonta à obra divina de livramento ao povo israelita, que passou de uma má-sorte para uma tão grande salvação. E como falar em passagem, transição, sem citar o texto de Isaías quando afirma que o povo que andava nas trevas viu uma grande luz, referindo-se à vinda do messias; e esse mesmo messias, Jesus, vindo ao mundo em oferta de salvação aos que creem, é o autor da passagem do velho homem para o novo, justificado, segundo o apóstolo Paulo.  

Uma “passagem de ano” em si mesma não tem grande significado, senão apenas para o registro numérico da história humana. Contudo, para a história pessoal de um homem, é válido o momento, ante o qual surge mais uma oportunidade para se rever propósitos e conceitos, seu lugar no mundo e na Vida.

Cesário Pinto


Itapajé – CE, 01 de Janeiro de 2018.   

   

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