segunda-feira, 28 de outubro de 2013

PENSAMENTOS SOLTOS: BLACK BLOCK, REDES SOCIAIS E VIOLÊNCIA LOCAL


Voltei a escrever. À mão. Digo, pois tenho escrito pouco ultimamente. Não apenas isto, mas tenho participado pouco das redes sociais e do blog. Leio, de fato, muito material na internet, no próprio Facebook, mas falta-me assunto, mesmo diante de um turbilhão de notícias, acontecimentos e informações. Informação não significa conhecimento e nem veracidade. Tento filtrar algo útil a ser abordado, diante da “sabedoria” de tantos “doutores” do mundo virtual, sim, aqueles que para tudo possuem uma opinião, mas não encontro nada útil a ponto de ser mais desenvolvido e “filosofado”. Mas, ainda assim, resolvi jogar esses dois parágrafos soltos e sem ordem no papel.

Aliás, lembrei-me que o mundo também não anda tão em ordem. Muitas mudanças. Pouca atitude de quem a deveria ter. Cito os “black blocks”, a “cara” desse momento. Provam como o Estado é falho, tanto no trato das políticas públicas quanto no combate a esse tipo de movimento. É o mesmo sistema arcaico, com leis falidas, que considera menores assassinos como meros “infratores”. Lembrei-me agora – fazendo um parêntese – da superexposição das pessoas frente às redes sociais. Passamos a ter “especialistas” polivalentes, criticando e dando solução pra tudo. Como se o “tudo” fosse “pouca coisa”. Parece que o sujeito já entra no Facebook armado com suas ideologias, conceitos, preconceitos e ditaduras, pronto a atacar ou defender as suas convicções, até a última letra do teclado. Cada um tem direito à opinião, é legítimo, tenho a minha (ou não!), mas fazer dela um instituto de milícia irascível e contínua, às vezes contra os próprios amigos, no ambiente virtual, onde a democracia é quem mais deveria ser exaltada, é lamentável. E vejo gente boa caindo nessa armadilha moderna.

Não posso deixar de citar - nesse lapso de pensamentos - e lembrar a perda do nosso amigo Pimentel. Querido pelos seus, foi tragado pela violência que assola nossa cidade. Ainda me pego pensando, sem acreditar que aquele homem manso e quieto foi levado de forma tão abrupta e banal. Hoje pode ser qualquer um, mesmo! E como as autoridades respondem? Com audiências públicas! Aliás, em Itapajé nem isso existe. Em Itapajé “audiência pública” é palestra, pra promover o ego exibicionista das autoridades políticas. Isto tudo é mais que revoltante. Deixa-me pasmo!

País sem lei!


Cesário C. N. Pinto

Itapajé – CE, 28 de Outubro de 2013.    

Nenhum comentário: