Voltei a escrever. À mão.
Digo, pois tenho escrito pouco ultimamente. Não apenas isto, mas tenho
participado pouco das redes sociais e do blog. Leio, de fato, muito material na
internet, no próprio Facebook,
mas falta-me assunto, mesmo diante de um turbilhão de notícias, acontecimentos
e informações. Informação não
significa conhecimento e nem veracidade. Tento filtrar algo útil a ser
abordado, diante da “sabedoria” de tantos “doutores” do mundo virtual, sim,
aqueles que para tudo possuem uma opinião, mas não encontro nada útil a ponto
de ser mais desenvolvido e “filosofado”. Mas, ainda assim, resolvi jogar esses
dois parágrafos soltos e sem ordem no papel.
Aliás,
lembrei-me que o mundo também não anda tão em ordem. Muitas mudanças. Pouca atitude de quem a
deveria ter. Cito os “black
blocks”, a “cara” desse momento. Provam como o Estado é falho, tanto no
trato das políticas públicas quanto no combate a esse tipo de movimento. É o
mesmo sistema arcaico, com leis falidas, que considera menores assassinos como
meros “infratores”. Lembrei-me agora – fazendo um parêntese – da superexposição
das pessoas frente às redes sociais. Passamos a ter “especialistas”
polivalentes, criticando e dando solução pra tudo. Como se o “tudo” fosse
“pouca coisa”. Parece que o sujeito já entra no Facebook armado com suas ideologias, conceitos,
preconceitos e ditaduras, pronto a atacar ou defender as suas convicções, até a
última letra do teclado. Cada um tem direito à opinião, é legítimo, tenho a
minha (ou não!), mas fazer dela um instituto de milícia irascível e contínua,
às vezes contra os próprios amigos, no ambiente virtual, onde a democracia é
quem mais deveria ser exaltada, é lamentável. E vejo gente boa caindo nessa
armadilha moderna.
Não posso deixar de citar -
nesse lapso de pensamentos - e lembrar a perda do nosso amigo Pimentel. Querido
pelos seus, foi tragado pela violência que assola nossa cidade. Ainda me pego
pensando, sem acreditar que aquele homem manso e quieto foi levado de forma tão
abrupta e banal. Hoje pode ser qualquer um, mesmo! E como as autoridades
respondem? Com audiências públicas! Aliás, em Itapajé nem isso existe. Em
Itapajé “audiência pública” é palestra, pra promover o ego exibicionista das
autoridades políticas. Isto tudo é mais que revoltante. Deixa-me pasmo!
País sem lei!
Cesário C. N. Pinto
Itapajé – CE, 28 de Outubro
de 2013.
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