Vivemos
uma cultura imediatista, uma existência do agora, do já. Enquanto, por exemplo, nossos avós, quando confrontados por alguma doença ou dor física, conformavam-se com
um chazinho ou simplesmente esperavam a angústia cessar, nós não podemos
ter uma pequena dor de cabeça que já corremos na farmácia. Não suportamos a
dor, a mínima que seja; falo por mim mesmo, não temos paciência, queremos a
cura, imediata! Mas, e quando a aspirina não tira a dor? E quando a enfermidade
ultrapassa um diagnóstico médico?
“E eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de
enfermidade, havia já dezoito anos; e andava curvada, e não podia de modo algum
endireitar-se. E, vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher, estás
livre da tua enfermidade. E pôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou, e
glorificava a Deus.” (Lucas
13:11-13)
Interessante
elencarmos alguns aspectos desta leitura. A passagem anterior afirma que uma
mulher possuía em si um espírito de enfermidade. Não era uma doença natural,
biológica, que poderia ser tratada por médicos. Que vemos com isto? Aprendemos
que existem casos, na vida humana, onde tratamentos médicos não surtem efeitos
curativos. Casos espirituais não podem ser tratados com tratamento médico
convencional.
Outro
aspecto a ser levado em consideração nos versículos citados é o tempo que
aquela mulher passou enferma: dezoito anos, uma vida! Hoje, com o nosso imediatismo
existencial, teríamos paciência como aquela mulher, diante daquele sofrimento
físico e do constrangimento social?
E
eu penso: a enfermidade daquela mulher encurvada não estava e, se hoje fosse,
não estaria ao alcance da medicina. Como disse São Paulo, “coisas espirituais se discernem espiritualmente” (1 Coríntios
2:14); Quantos não sofrem, ainda, sem um diagnóstico para suas doenças...
Cristo, que teu poder e
autoridade sejam invocados e triunfem nos corpos e mentes aprisionados pelos
espíritos da maldade. Amém.
Que Deus nos abençoe!
Cesário C. N. Pinto
Itapajé – CE, 18 de Agosto de 2013.
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