sábado, 3 de agosto de 2013

SEGUNDO ESTUDO, CALOR AUMENTA A VIOLÊNCIA


Anos atrás, através do livro best-seller A Cruz e o Punhal, li a exposição do pastor David Wilkerson, afirmando que, durante o verão novaiorquino, as gangues de adolescentes se tornavam ainda mais violentas do que já eram, devido o calor da época. Hoje, estudos começam a comprovar essa tese:

Se você sente que fica irritado quando está mais quente, você não está sozinho - é o que confirma um estudo americano divulgado nesta quinta-feira (01.08.2013), que constata que a temperatura mais elevada é acompanhada do aumento da violência.
Essa relação pode ter consequências desastrosas se o aquecimento global continuar, advertem pesquisadores das Universidades de Berkeley e de Princeton, responsáveis pela publicação do estudo na revista "Science". 

"Acreditamos que os efeitos (que temos observado) são suficientemente importantes para que os levemos a sério e nos perguntemos se o que fizermos hoje terá influência sobre o grau de violência no mundo dos nossos filhos", afirma o principal autor do estudo, Solomon Hsiang. Para chegar à conclusão da relação entre as temperaturas mais elevadas e o aumento da violência, os cientistas fizeram um "metaestudo", partindo de 60 pequisas que realizavam a mesma pergunta em diferentes disciplinas, como Arqueologia, Climatologia, Ciência Política e Economia. Uma delas, por exemplo, revela que a violência de ordem criminal - agressões, mortes, estupros, ou violência doméstica - é maior quando a temperatura é mais alta.

A explicação desse fenômeno continua sem ser muito evidente, embora existam diversas teorias, segundo os cientistas. Uma delas estabelece vínculos entre colheitas afetadas por uma seca e uma propensão maior dos homens a tomar as armas para garantir seus meios de subsistência. O calor também pode ter efeitos fisiológicos e provocar reações violentas.

"Os conflitos violentos podem se manifestar por toda uma série de razões, mas se produzem, mais frequentemente, quando o clima se deteriora", acrescenta Solomon Hsiang.

AFP

Fonte: O Povo

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