domingo, 8 de maio de 2016

LEPROSOS EVANGELIZADORES


Houve um tempo em que a nação de Israel se dividiu em dois reinos: o reino de Judá, formado por duas tribos e com capital em Jerusalém; e o reino de Israel, constituído por dez tribos e com capital na cidade de Samaria. Dentre as muitas batalhas travadas por esses dois reinos com os povos circunvizinhos, a cidade de Samaria se viu cercada, certa vez, pelo exército da Síria. Esse relato pode ser lido no livro bíblico de 2 Reis 6:24 até 2 Reis 7:20.

O cerco sírio à Samaria foi tal e tão prolongado que o povo passou por fome extrema, a ponto de mães chegarem à situação desesperada de cozer seus próprios filhos para se alimentarem! Nesse contexto, Deus fala ao rei de Israel, por meio do profeta Eliseu, que enviaria livramento ao povo, o que, naquele momento, parecia impossível.

Eis, então, que surge a figura de quatro homens leprosos, sentados na entrada da cidade. Pela Lei de Moisés, leprosos não podiam ter contato com as demais pessoas, a não ser que fossem curados, o que não era algo comum. A Lei propunha, assim, algo virtuoso: que o povo não fosse contaminado pela lepra. Porém, na prática, o que se via era preconceito e exclusão social com pessoas leprosas. Apesar disso, Deus quis fazer daqueles desprezados indigentes seus instrumentos de boas novas ao povo.