Houve
um tempo em que a nação de Israel se dividiu em dois reinos: o reino de Judá,
formado por duas tribos e com capital em Jerusalém; e o reino de Israel, constituído
por dez tribos e com capital na cidade de Samaria. Dentre as muitas batalhas
travadas por esses dois reinos com os povos circunvizinhos, a cidade de Samaria
se viu cercada, certa vez, pelo exército da Síria. Esse relato pode ser lido no
livro bíblico de 2 Reis 6:24 até 2 Reis
7:20.
O
cerco sírio à Samaria foi tal e tão prolongado que o povo passou por fome extrema,
a ponto de mães chegarem à situação desesperada de cozer seus próprios filhos
para se alimentarem! Nesse contexto, Deus fala ao rei de Israel, por meio do
profeta Eliseu, que enviaria livramento ao povo, o que, naquele momento,
parecia impossível.
Eis,
então, que surge a figura de quatro homens leprosos, sentados na entrada da
cidade. Pela Lei de Moisés, leprosos não podiam ter contato com as demais
pessoas, a não ser que fossem curados, o que não era algo comum. A Lei
propunha, assim, algo virtuoso: que o povo não fosse contaminado pela lepra.
Porém, na prática, o que se via era preconceito e exclusão social com pessoas leprosas.
Apesar disso, Deus quis fazer daqueles desprezados indigentes seus instrumentos
de boas novas ao povo.