BANGLADESH (45º) - Quando os muçulmanos bengaleses aceitam a Cristo, eles “cruzam a linha da religião”, principalmente quando são batizados. Não há como voltar atrás, e inicia-se uma difícil jornada como seguidor de Cristo. Para o jovem Apurba Rana, de 26 anos, essa caminhada começou em 2004.
Apurba recebeu a visita surpresa de seu primo, James Emtazul, um pastor que tentava começar um ministério em Satian, um vilarejo ao sudoeste de Bangladesh. Apurba ganhou livros cristãos de seu primo, mas quando James começou a conversar com ele sobre céu e inferno, Apurba ameaçou agredi-lo, e seu primo fugiu do vilarejo.
Uma semana depois, Apurba viu James novamente. Nos dois anos seguintes, Apurba resistiu à Palavra de Deus, mas seu primo não desistia. “Quando eu compreendi que Jesus era o único o Caminho, Verdade e Vida, percebi que eu pertencia a Ele”, diz Apurba.
A sua transformação imediata deixou claro para a família e comunidade que Apurba tinha mudado de religião. Ao invés de continuar com as coisas erradas que fazia, vendendo produtos falsos, Apurba abriu uma loja perto de sua casa, com a ajuda de seu primo e sua igreja. Aos poucos, ele começou a receber seu salário, e ele aproveitava para compartilhar o evangelho com seus clientes.
Logo sua nova fé e alegria chamaram a atenção de outro primo, um iman (líder muçulmano) local. Na mesquita, o líder, além de ler os versos do Alcorão, também anunciou as atividades de Apurba nos alto-falantes. Em instantes, os muçulmanos devotos de Satian invadiram a loja do jovem, roubaram as mercadorias e expulsaram o cristão e sua família do vilarejo.
Determinado a fazer Apurba se arrepender de sua decisão de aceitar a Cristo, seus parentes fizeram acusações de assassinato contra ele. Apurba estava viajando pelo ministério quando o suposto assassinato aconteceu. Apesar de ter um álibi forte, ele foi mandado para a prisão, com outras 16 pessoas.
Sem ter como sustentar a família, sua esposa, Momotaz, usou suas habilidades em costura para ganhar algum dinheiro. A igreja local a ajudou financeiramente, mas não foi o suficiente para cobrir as despesas com o processo legal de Apurba. Então, ela e sua filha de 6 anos, necessitadas e sem esperança, foram de casa em casa, implorando ajuda. “Ninguém queria nos ajudar, só porque somos cristãos”, conta.
Depois de ficar 10 meses na prisão, Apurba conseguiu ter direito à fiança.
Apurba Rana ainda está sendo indiciado e esse processo está esgotando todos os bens da família. Ele vendeu a bicicleta que a igreja lhe deu para realizar o trabalho ministerial em outros locais, e ainda tem uma enorme dívida para cobrir suas despesas legais.
A Portas Abertas visitou Apurba recentemente, e o encontrou disposto e otimista, mesmo após ter sido roubado, agredido, acusado falsamente, ofendido, aprisionado, rejeitado por seus familiares e deserdado. “Eu só estou vivo por causa de Jesus Cristo, que está sempre comigo”, diz Apurba. Vamos orar por ele.
Tradução: Missão Portas Abertas
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