A indepedência do Sudão do Sul, neste sábado, ironicamente uniu liberais e conservadores nos Estados Unidos. A separação do país ganhou o apoio de grupos evangélicos e também de atores de Hollywood, como George Clooney, que ficou conhecido como Sr. Sudão.
A campanha pelo Sudão do Sul começou nos anos 1990, quando ativistas hollywoodianos como Clooney passaram a chamar atenção para os massacres da guerra civil entre os sulistas e o norte. Ele chegou a fazer um discurso na ONU em 2006, denunciando a violência.
O movimento também foi apoiado por religiosos conservadores, que passaram a denunciar a perseguição dos sulistas, em geral cristãos, pelos sudaneses do norte, predominantemente muçulmanos.
Representantes evangélicos chegaram a pressionar o ex-presidente George W. Bush, um religioso convicto, a intervir no país africano.
O governo americano não foi tão longe, mas acabou impondo sanções e pressionando o governo de Cartum a assinar um acordo de paz com os separatistas.
Celebridades
Para o representante diplomático do Sudão do Sul nos Estados Unidos, Enoch Awejok, a atuação de celebridades como Clooney e o também ator Don Cheadle foi fundamental.
"Sem George Clooney e as igrejas, o CPA (o acordo de paz firmado em 2005) não teria ocorrido", diz. Para Awejok, "eles ainda têm um papel efetivo a desempenhar na resolução dos problemas pendentes no Sudão".
Outra a apoiar a causa foi a modelo Mari Malek. Baseada em Nova York, ela é nascida no Sudão do Sul. Mari diz, no entanto, que os americanos deveriam olhar de maneira aprofundada para o novo país, não apenas como parte de uma "campanha bacana".
O documentário Lost Boys of Sudan (Meninos Perdidos do Sudão, em tradução livre), de 2003, também ajudou a causa do Sudão do Sul ganhar a simpatia dos americanos.
A produção mostra a saga de jovens sudaneses que foram buscar refugio na Etiópia, durante a guerra civil. Também perseguidos no país vizinho, eles escaparam para o Quênia antes de seguirem para os Estados Unidos.
Religiosos
O apoio dos grupos evangélicos americanos também foi outro fator de peso para a independência do Sudão do Sul, segundo o ex-embaixador dos Estados Unidos na Nigéria, John Campbell.
"O Sudão do Sul capturou o imaginário popular mais do que outros acontecimentos na África porque os cristãos no Sudão usaram sua rede de contatos para fazer os cristãos americanos saberem que os muçulmanos os estavam perseguindo", diz.
Segundo ele, "as celebridades tornaram isso conhecido, a seu modo, para os cidadãos comuns".
Durante a campanha, os evangélicos também enviaram missionários ao Sudão do Sul. A partir dos anos 1990, grupos religiosos passaram a construir escolas, hospitais e igrejas na região, onde boa parte da população ainda segue cultos africanos.
Fonte: BBC
A campanha pelo Sudão do Sul começou nos anos 1990, quando ativistas hollywoodianos como Clooney passaram a chamar atenção para os massacres da guerra civil entre os sulistas e o norte. Ele chegou a fazer um discurso na ONU em 2006, denunciando a violência.
O movimento também foi apoiado por religiosos conservadores, que passaram a denunciar a perseguição dos sulistas, em geral cristãos, pelos sudaneses do norte, predominantemente muçulmanos.
Representantes evangélicos chegaram a pressionar o ex-presidente George W. Bush, um religioso convicto, a intervir no país africano.
O governo americano não foi tão longe, mas acabou impondo sanções e pressionando o governo de Cartum a assinar um acordo de paz com os separatistas.
Celebridades
Para o representante diplomático do Sudão do Sul nos Estados Unidos, Enoch Awejok, a atuação de celebridades como Clooney e o também ator Don Cheadle foi fundamental.
"Sem George Clooney e as igrejas, o CPA (o acordo de paz firmado em 2005) não teria ocorrido", diz. Para Awejok, "eles ainda têm um papel efetivo a desempenhar na resolução dos problemas pendentes no Sudão".
Outra a apoiar a causa foi a modelo Mari Malek. Baseada em Nova York, ela é nascida no Sudão do Sul. Mari diz, no entanto, que os americanos deveriam olhar de maneira aprofundada para o novo país, não apenas como parte de uma "campanha bacana".
O documentário Lost Boys of Sudan (Meninos Perdidos do Sudão, em tradução livre), de 2003, também ajudou a causa do Sudão do Sul ganhar a simpatia dos americanos.
A produção mostra a saga de jovens sudaneses que foram buscar refugio na Etiópia, durante a guerra civil. Também perseguidos no país vizinho, eles escaparam para o Quênia antes de seguirem para os Estados Unidos.
Religiosos
O apoio dos grupos evangélicos americanos também foi outro fator de peso para a independência do Sudão do Sul, segundo o ex-embaixador dos Estados Unidos na Nigéria, John Campbell.
"O Sudão do Sul capturou o imaginário popular mais do que outros acontecimentos na África porque os cristãos no Sudão usaram sua rede de contatos para fazer os cristãos americanos saberem que os muçulmanos os estavam perseguindo", diz.
Segundo ele, "as celebridades tornaram isso conhecido, a seu modo, para os cidadãos comuns".
Durante a campanha, os evangélicos também enviaram missionários ao Sudão do Sul. A partir dos anos 1990, grupos religiosos passaram a construir escolas, hospitais e igrejas na região, onde boa parte da população ainda segue cultos africanos.
Fonte: BBC
Leia mais sobre a perseguição aos cristãos sudaneses no site: portasabertas.org.br
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