domingo, 18 de agosto de 2024

SÍLVIO SANTOS VEM AÍ!


Quantas vezes, na adolescência e já na vida adulta, imaginei esse dia, quando Sílvio Santos iria nos deixar?!

Sílvio criou um vínculo afetivo com o brasileiro. Eu temia quando essa notícia chegasse aos ouvidos e olhos da minha mãe, qual seria a reação dela, uma daquelas grandes fãs dele, uma colega de trabalho onde seu auditório era a poltrona da sala de casa em todos os domingos. Mas nessas horas é que dizemos que os planos divinos são perfeitos, ainda que incompreensíveis. O Alzheimer dela, diagnosticado em 2020, e o afastamento de Sílvio da tv nos últimos dois anos, criou uma separação que não a fez sentir um pesar mais forte, mesmo vendo o alvoroço no noticiário. Sabe viver a vida quem consegue ver o bem, mesmo nos males; sim, não existe apenas o “Mal do Alzheimer”, pois até no Alzheimer existe o lado bom, pra quem assim souber enxergar.

Sílvio Santos fazia parte daquela tríade dos incontestáveis grandes artistas nacionais, junto com Pelé e Roberto Carlos. Mesmo inteligente, sagaz mais precisamente, atribuía sua fonte de sucesso muito mais ao trabalho do que à sorte: “10% é inspiração, mas 90% é transpiração”. Sua biografia se torna fonte de inspiração para o brasileiro comum, não pelo patrimônio conquistado, (principalmente se pensarmos que de um jovem ambulante ele se tornou num grande empresário nacional) mas muito mais pelo exemplo de alguém que foi saudavelmente ambicioso, reto e feliz no trabalho que exercia.


Cesário C N Pinto

Itapajé-Ce, 18 de Agosto de 2024.

domingo, 20 de junho de 2021

QUADRILHAS JUNINAS EM ITAPAJÉ

Fogueira do Karranka, em Itapajé, Ceará. Anos 90.

Na década de 90 Itapajé vivia sempre no mês de junho um período de grandes quadrilhas juninas, especialmente as matutas. Todas as escolas faziam suas celebrações, algumas com festas dançantes, bandas de forró, etc.

Da Praça do Jauro saía sempre no fim do mês a quadrilha do Ginásio São Francisco, percorrendo as ruas em direção à escola cenecista. Assim também acontecia com o Monsenhor Catão, com a escola Estefânia Matos e tantas outras, inclusive nos distritos, serra e sertão.

Sempre no dia 23 tradicionalmente acontecia também a Quadrilha do Karranka, no hoje Bairro Esmerino Gomes, ao lado da AABB. A festa tinha o diferencial de exibir uma fogueira altíssima, além das danças, comidas típicas e grande repercussão na cidade.

 

Cesário C N Pinto

RENASCER

Tenho no quintal um pé de alfavaca, uma folha medicinal. A alfavaca, quando adulta, é sempre atacada por pragas (hoje aprendi que se chamam cochonilhas) que, na maioria das vezes, levam a planta à morte. Não sabia como tratar. Resolvi então aparar os galhos contaminados, podá-los. Não sei se é a solução mais correta, mas aparentemente deu resultado. A praga praticamente acabou e a planta está renovada, mais viva que antes.

Obtive uma conclusão filosófica sobre o caso: não temos controle sobre muitos males que nos veem, sobre as “pragas” que nos visitam e que, às vezes, nem nos apercebemos de sua chegada. O tempo então se encarrega de causar podas em nós, que nos machucam, que nos surpreendem, assustam, que não eram esperadas, mas que, se não realizadas naquele devido momento, poderiam nos trazer a ruína, um prejuízo para toda a vida.

Podemos reclamar, chorar, pasmar com o mal que nos veio, mas muitas vezes, sem ele, haveria um mal muito maior.

O corte nos fará renascer. Só depois é que veremos a dimensão do livramento, para contar a história. 

 

Cesário C N Pinto

Itapajé-Ce, 20 de Junho de 2021.

 

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

MENSAGEM DE ANO NOVO


Vi um ano de dificuldades para muitos. Vi perdas. Vi enfermidades. Vi tragédias e fatalidades. Vi pessoas queridas indo embora mais cedo. A alegria dando lugar à tristeza. Um ano difícil, de fato. Mas agradeço pelo que ficou, por aquilo que ficou, por quem ficou. Agradeço pelo pão de cada dia. Pela cura da doença, agradeço. Pelo livramento alcançado. Pela manifestação da multiforme Graça de Deus. A tristeza dando lugar à alegria. Que tenhamos um ano melhor. E nele também sejamos mais humanos, no sentido mais humano que essa palavra possa ter. Um ano mais tranquilo, como a chuva que cai mansa alimentando a terra.

Cesário Pinto