Tenho no quintal um pé de alfavaca, uma folha medicinal. A alfavaca, quando adulta, é sempre atacada por pragas (hoje aprendi que se chamam cochonilhas) que, na maioria das vezes, levam a planta à morte. Não sabia como tratar. Resolvi então aparar os galhos contaminados, podá-los. Não sei se é a solução mais correta, mas aparentemente deu resultado. A praga praticamente acabou e a planta está renovada, mais viva que antes.
Obtive uma conclusão filosófica sobre o caso: não temos controle sobre muitos males que nos veem, sobre as “pragas” que nos visitam e que, às vezes, nem nos apercebemos de sua chegada. O tempo então se encarrega de causar podas em nós, que nos machucam, que nos surpreendem, assustam, que não eram esperadas, mas que, se não realizadas naquele devido momento, poderiam nos trazer a ruína, um prejuízo para toda a vida.
Podemos reclamar, chorar, pasmar com o mal que nos veio, mas muitas vezes, sem ele, haveria um mal muito maior.
O corte nos fará renascer. Só depois é que veremos a dimensão do livramento, para contar a história.
Cesário C N Pinto
Itapajé-Ce, 20 de Junho de 2021.
Nenhum comentário:
Postar um comentário